A FORMAÇÃO DOCENTE NA ERA DIGITAL
POR UMA TERCEIRA VIA ENTRE A TECNOFILIA E A TECNOFOBIA
Palavras-chave:
Formação docente, Tecnologias digitais, Educação e tecnologia, Mediação crítica, Tecnofilia e tecnofobiaResumo
Resumo: O presente artigo discute o papel da formação docente no uso crítico e contextualizado das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) na educação, buscando alternativas entre os extremos da tecnofilia e da tecnofobia. Fundamentado em autores como Cupani (2020), Fluckiger (2024), Kap (2023), Pedrosa, Costa e Mamede-Neves (2021) e Moran (2013), o estudo analisa os discursos utópicos e distópicos que marcam o campo educacional e os impactos desses discursos na formação de professores. A pesquisa aborda a emergência de uma terceira via, que propõe uma mediação docente crítica, situada e consciente, pautada no reconhecimento das tecnologias como construções sociais, políticas e culturais. O conceito de agência docente, conforme Kap (2023), é destacado como central para que os professores desenvolvam práticas pedagógicas inovadoras, éticas e contextualmente fundamentadas. Além disso, discute-se a importância da aprendizagem visível e da integração curricular de projetos tecnológicos, como exemplificado por Moran (2013). Conclui-se que a formação inicial e continuada de professores deve ir além da instrumentalização técnica, promovendo a reflexão crítica, a autonomia e a criatividade pedagógica como formas de resistência aos discursos deterministas sobre tecnologia na educação.
Palavras-chaves: Formação docente; Tecnologias digitais; Educação e tecnologia; Mediação crítica; Tecnofilia e tecnofobia.
Abstract: This article discusses the role of teacher training in the critical and contextualized use of Digital Information and Communication Technologies (TDIC) in education, seeking alternatives between the extremes of technophilia and technophobia. Based on authors such as Cupani (2020), Fluckiger (2024), Kap (2023), Pedrosa, Costa and Mamede-Neves (2021) and Moran (2013), the study analyzes the utopian and dystopian discourses that mark the educational field and the impacts of these discourses in the training of teachers. The research addresses the emergence of a third way, which proposes a critical, situated and conscious educational media, guided by the reconhecimento of technologies such as social, political and cultural constructions. The concept of teaching agency, according to Kap (2023), is highlighted as central for teachers to develop innovative, ethical and contextually informed pedagogical practices. Furthermore, the importance of visual learning and curricular integration of technological projects is discussed, as exemplified by Moran (2013). It is concluded that the initial and continued training of teachers must go beyond technical instrumentalization, promoting critical reflection, autonomy and pedagogical creativity as forms of resistance to deterministic discourses on technology in education.
Keywords: : Teacher training; Digital technologies; Education and technology; Critical Media; Technophilia and technophobia.
Resúmen: Este artículo analiza el papel de la formación docente en el uso crítico y contextualizado de las Tecnologías Digitales de la Información y la Comunicación (TDIC) en la educación, buscando alternativas entre los extremos de la tecnofilia y la tecnofobia. Basado en autores como Cupani (2020), Fluckiger (2024), Kap (2023), Pedrosa, Costa y Mamede-Neves (2021) y Moran (2013), el estudio analiza los discursos utópicos y distópicos que marcan el campo educativo y los impactos de estos discursos en la formación docente. La investigación aborda el surgimiento de una tercera vía, que propone una mediación docente crítica, situada y consciente, basada en el reconocimiento de las tecnologías como construcciones sociales, políticas y culturales. El concepto de agencia docente, según Kap (2023), se destaca como central para que los docentes desarrollen prácticas pedagógicas innovadoras, éticas y contextualizadas. Además, se discute la importancia del aprendizaje visible y la integración curricular de proyectos tecnológicos, como lo ejemplifica Moran (2013). Se concluye que la formación inicial y continua docente debe ir más allá de la instrumentalización técnica, promoviendo la reflexión crítica, la autonomía y la creatividad pedagógica como formas de resistencia a los discursos deterministas sobre la tecnología en la educación.
Palabras clave: Formación docente; Tecnologías digitales; Educación y tecnología; Mediación crítica; Tecnofilia y tecnofobia.
Referências
CUPANI, A. Modalidades da tecnologia e suas consequências culturais. Revista Dialectus, Fortaleza, ano 9, n. 17, p. 82-95, maio/ago. 2020. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/54771/1/2020_art_acupani.pdf. Acesso em 25 de março de 2025.
CUNHA, Janaína Pereira da; DINIZ, Adelaide Lopes Fiúza; SANTOS, Gilvamarque Pereira dos. Tornando a aprendizagem visível: a metacognição como estratégia na construção de profundidade do pensamento dos estudantes. Disponível em: https://encurtador.com.br/D8dzd. Acesso em: 27 maio 2025.
De CARVALHO, Pedro Neves Gonçalves Franco. Entre Games, Distrações e Solidões: o uso de Tecnologias Móveis na Sala de Aula e suas Implicações. Disponível em: https://encurtador.com.br/ddnwN. Acesso em: 2 jun 2025.
DESMURGET, Michel. A fábrica de cretinos digitais: Os perigos das telas para as crianças. Tradução Mauro Pinheiro. São Paulo: Vestígio, 2021.
FLUCKIGER, Cédric.; FERREIRA, Diego. Tecnologias digitais de informação e comunicação na Educação: dos mitos às abordagens críticas. Revista Educação e Cultura Contemporânea, v. 21, p. 11355, 2024. https://doi.org/10.5935/2238-1279.20240002. Acesso em: 28 abr. 2025.
KAP, Miriam. Nuevos agenciamientos en el campo de la didáctica: mediaciones, subjetividades y prácticas emergentes. Prax. Educ., Santa Rosa, v. 27, n. 1, p. 53–74, jun. 2023. https://doi.org/10.19137/praxiseducativa-2023-270106. Acesso em: 29 abril 2025.
MORAN, José. Integrar as tecnologias de forma inovadora. In: Novas tecnologias e mediação pedagógica. Papirus, 2013, p. 36-46. Disponível em: https://encurtador.com.br/bjMgD. Acesso em: 1 jun 2025.
PEDROSA, Stella Maria Peixoto de Azevedo; COSTA, Ana Valéria de Figueiredo da; MAMEDE-NEVES, Maria Apparecida Campos. Entre fáusticos e prometeicos: a busca de uma terceira via para a utilização das tecnologias na educação. Revista UFG, v. 21, n. 27, 2021. DOI: 10.5216/revufg.v21.69966. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/69966. Acesso em: 28 abr. 2025.
QUIROGA, Fernando Lionel.; BESSA, Rosângela. A educação em tempos de smartphones e redes sociais: por uma crítica permanente no enfrentamento da dessubjetivação e monitoramento. https://doi.org/10.1590/1983-3652.2024.51341. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tl/a/D7ZDsHqWJyMYNs3HVKfqrDN/. Acesso em: 25 maio 2025.
SARDENBERG, Thiago.; MAIA, Helenice. Tecnologia: concepções à luz da Filosofia. Filosofia e Educação, Campinas, SP, v. 15, n. 00, p. e023018, 2024. DOI: 10.20396/rfe.v15i00.8671978. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rfe/article/view/8671978. Acesso em: 28 abr. 2025.
REFERÊNCIA COMPLEMENTAR
ADOLESCÊNCIA. Direção: Jamie Dooner, Amy Schatz. Estados Unidos: Netflix, 2023. Disponível em: https://www.netflix.com. Acesso em: 2 abril 2025.
ANDRADE, J. P. Aprendizagens Visíveis: Experiências teórico-práticas em sala de aula. São Paulo: Panda Educação 2021.
BENDER, W. N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI. Trad. Fernando de Siqueira Rodrigues. Porto Alegre: Penso, 2014.
CARR, Nicholas. O que a internet está fazendo com o nosso cérebro: a geração superficial. Tradução: Pedro Jorgensen Jr. Rio de Janeiro: Agir, 2011.
HAIDT, Jonathan. A geração ansiosa: como a infância hiperconectada está causando uma epidemia de transtornos mentais. Tradução Lígia Azevedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2024.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2025 Revista de Educação à Distância

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Revista de Educação à Distância.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Este é um artigo publicado em acesso aberto sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC-BY 4.0), que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, desde que o trabalho original seja devidamente citado.
Para mais informações sobre a licença, consulte: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
