IMPACTOS DOS ANTIBIÓTICOS NA MICROBIOTA INTESTINAL HUMANA

Abstract

Introdução: A microbiota, composta por diversos microrganismos, desempenha um papel crucial na saúde humana, influenciando a predisposição a doenças. Fatores como o uso de medicamentos afetam sua composição, especialmente no trato intestinal. O uso excessivo de antibióticos pode causar disbiose, favorecendo patógenos e aumentando a resistência bacteriana, representando uma crescente ameaça à saúde pública. Objetivo: Este trabalho analisa os impactos do uso indiscriminado de antibióticos na resistência bacteriana e na microbiota intestinal, ressaltando a importância da conscientização e da realização de exames laboratoriais como estratégias essenciais para a proteção da saúde pública. Metodologia: Este estudo é uma revisão bibliográfica narrativa, consultando bases de dados como PubMed e Scopus. Foram utilizadas palavras-chave relacionadas à microbiota, resistência bacteriana e antibióticos. Foram incluídos artigos revisados, publicados entre 2000 e 2024, com foco nas interações entre microbioma e sistema imunológico. Resultados: A revisão evidencia que o uso indiscriminado de antibióticos impacta a microbiota intestinal, resultando em disbiose e comprometendo a diversidade microbiana, fundamentais para a homeostase e imunidade. A resistência antimicrobiana é acelerada pela transmissão e co-localização de genes de resistência, com consequências clínicas e econômicas, como o aumento da morbidade e dos custos de saúde. Discussão: A microbiota intestinal é essencial para a saúde, influenciando a absorção de nutrientes e a resposta imunológica. O uso inadequado de antibióticos prejudica essa diversidade, resultando em resistência antimicrobiana (RAM), um desafio crescente que compromete o tratamento de infecções, especialmente em populações vulneráveis. Regulamentações, como a RDC nº 44 da ANVISA, visam mitigar a RAM e preservar a microbiota. Considerações Finais: O uso indiscriminado de antibióticos prejudica a microbiota intestinal, favorecendo patógenos resistentes. A transmissão de genes de resistência aumenta com a exposição a múltiplos agentes, elevando os custos de saúde e a morbidade. Práticas de prescrição responsáveis são essenciais para preservar a saúde pública.