A ESTÉTICA COMO ÉTICA DE VIDA

O PROJETO FAROL ENCANTADO E O DESIGN PERIFÉRICO

Resumen

Resumo: O presente artigo analisa as repercussões psicossociais da arte e da estética na vida dos moradores das periferias de Fortaleza, tomando como estudo de caso o projeto Farol Encantado, desenvolvido na comunidade do Mucuripe. Fundamentado na Psicologia Social Comunitária, na perspectiva da psicologia histórico-cultural e da filosofia de Espinosa, o estudo adota uma abordagem qualitativa, articulando entrevistas semiestruturadas com participantes e idealizadores do projeto, a uma revisão teórica baseada em autores como Vygotsky, Sawaia, Espinosa e Fischer. Os resultados evidenciam que a experiência estética, ao ultrapassar o campo do sensível, configura-se como prática ética e política, promovendo fortalecimento comunitário, sentimento de pertencimento e ampliação da potência de agir. A arte, nesse contexto, atua como mediadora simbólica de transformação subjetiva e social. Conclui-se que a estética, quando vivida como prática cotidiana, afirma-se como ética da existência e caminho de emancipação, revelando o poder da arte em reencantar o território e ressignificar a vida nas margens urbanas.

Palavras-chaves: Psicologia Social Comunitária; Arte e Estética; Fortalecimento Comunitário; Emancipação; Periferia de Fortaleza.

Abstract: This article analyzes the psychosocial repercussions of art and aesthetics in the lives of residents of the outskirts of Fortaleza, taking as a case study the Farol Encantado project, developed in the Mucuripe community. Grounded in Community Social Psychology, from the perspective of historical-cultural psychology and the philosophy of Spinoza, the study adopts a qualitative approach, articulating semi-structured interviews with participants and creators of the project, with a theoretical review based on authors such as Vygotsky, Sawaia, Spinoza, and Fischer. The results show that the aesthetic experience, by transcending the realm of the senses, is configured as an ethical and political practice, promoting community strengthening, a sense of belonging, and an expansion of the power to act. Art, in this context, acts as a symbolic mediator of subjective and social transformation. It concludes that aesthetics, when experienced as a daily practice, affirms itself as an ethics of existence and a path to emancipation, revealing the power of art to re-enchant the territory and give new meaning to life on the urban margins.

Keywords: Community Social Psychology; Art and Aesthetics; Community Empowerment; Empowerment; Periphery of Fortaleza.

Resúmen: Este artículo analiza las repercusiones psicosociales del arte y la estética en la vida de los habitantes de la periferia de Fortaleza, tomando como caso de estudio el proyecto Farol Encantado, desarrollado en la comunidad de Mucuripe. Fundamentado en la Psicología Social Comunitaria, desde la perspectiva de la psicología histórico-cultural y la filosofía de Spinoza, el estudio adopta un enfoque cualitativo, articulando entrevistas semiestructuradas con participantes y creadores del proyecto, con una revisión teórica basada en autores como Vygotsky, Sawaia, Spinoza y Fischer. Los resultados muestran que la experiencia estética, al trascender el ámbito de los sentidos, se configura como una práctica ética y política, que promueve el fortalecimiento comunitario, el sentido de pertenencia y la expansión del poder de acción. El arte, en este contexto, actúa como mediador simbólico de la transformación subjetiva y social. Concluye que la estética, cuando se experimenta como una práctica cotidiana, se afirma como una ética de la existencia y un camino hacia la emancipación, revelando el poder del arte para reencantar el territorio y dar un nuevo significado a la vida en los márgenes urbanos.

Palabras clave: Psicología social comunitaria; Arte y estética; Empoderamiento comunitario; Empoderamiento; Periferia de Fortaleza.