RELEITURAS EMERGENCIAIS SOBRE OS DEVERES CONJUGAIS: A FIDELIDADE NO METAVERSO
Abstract
O Direito de Família vive fortíssimas releituras, em razão do movimento eudemonista pluralista, cuja marca é a possibilidade de inúmeras formas de se atingir a felicidade, em prestígio flagrante aos princípios da autonomia privada e afetividade. Além disso, a tecnologia e a virtualização das relações humanas provocam abrupto impacto nessa ciência; prestigiando-se a metodologia analítica, a partir de confrontações bibliográficas, em busca de respostas inferenciais, problematiza-se sobre a (im) possibilidade de extensão das proposições sobre fidelidade recíproca no âmbito do metaverso. Nessa esfera de revisitações, o metaverso é uma nova possibilidade de relacionamentos, manipulados por pessoas humanas, cujos desígnios e motivações são diversos. De forma que, a responsabilidade civil pelas condutas comissivas ou omissivas no metaverso são da pessoa natural, responsável por o direcionar, motivos pelos quais, o adultério, não obstante a sua desvalorização, ainda vigora como dever conjugal. Portanto, o desígnio do paralelismo em relacionamentos afetivos no universo paralelo pode implicar a incidência do Código Civil vigente e a configuração do adultério.