DIREITOS EM VERSOS E MELODIAS: UMA ANÁLISE DA LUTA POR DIREITOS ATRAVÉS DA MÚSICA DURANTE E APÓS A DITADURA CIVIL-MILITAR BRASILEIRA
Palabras clave:
Direitos humanos; direitos fundamentais; música; ditadura.Resumen
A pesquisa teve como objetivo investigar a importância desempenhada por determinadas canções na luta por direitos durante a ditadura civil-militar brasileira (1964-1985), período em que o Brasil esteve sob o governo dos militares, e também durante a fase de redemocratização do país. A pesquisa justifica-se em razão do amplo quadro de violações de direitos humanos fundamentais que decorreu da repressão que tentou silenciar toda forma de oposição ao regime, e que hoje precisa ser lembrado e divulgado, no intuito de manter viva a memória e a verdade para as presentes e futuras gerações. Analisou-se durante o trabalho uma brilhante produção cultural por meio da música, que serviu como instrumento para denunciar, ainda que de maneira velada, as atrocidades cometidas pelo governo autoritário. O descaso para com os direitos sociais básicos se faz presente em diversas composições do período. Artistas inventaram novas formas de reivindicaram direitos e de denunciarem as barbáries ocorridas. Constatou-se que cultura e a luta por direitos caminharam lado a lado. Letra e melodia se opuseram às flagrantes violações e narraram os problemas sociais de um país que, tendo na música um refúgio, após muitos anos de sofrimento, finalmente se redemocratizou. Na pesquisa, de natureza qualitativa, é empregado o método dedutivo, lançando-se mão de sólida fundamentação teórica, pautada na pesquisa em doutrina autorizada de índole nacional e internacional.
Citas
ANDRADE, Mario de. Pequena História da Música. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.
ARNS, Dom Paulo Evaristo. Brasil: nunca mais. Petrópolis: Vozes, 1987.
BLANC, Aldir; BOSCO, João. O bêbado e a equilibrista. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
BRASIL. Ato Institucional nº 1, de 9 de abril de 1964. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
BRASIL. Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
BRASIL. Ato Institucional nº 3, de 5 de fevereiro de 1966. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
BRASIL. Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
BRASIL. Decreto-lei nº 1.077, de 26 de janeiro de 1970. Dispõe sobre a execução do artigo 153, § 8º, parte final, da Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
BUARQUE, Chico. Apesar de você. Phonogram: Rio de Janeiro, 1970. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
BUARQUE, Chico. GILBERTO, Gil. Cálice. Polygram: Rio de Janeiro, 1978. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
BUENO, Eduardo. Brasil: Uma História. Cinco séculos de um país em construção. São Paulo: Leya, 2010.
CAZUZA; ISRAEL, George; ROMERO, Nilo. Brasil. Ideologia. Philips Records: São Paulo, 1988.
COMBLIN, Joseph. A ideologia da segurança nacional: O poder militar na América Latina. São Paulo: Civilização Brasileira, 1978.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 13. ed. São Paulo: Edusp, 2009.
FERREIRA, Jaqueline Vieira. MORHY, Annete de Souza. Cálice: A música e as relações de poder. In: VI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da Região Norte, Belém, PA, 2007. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
FUSCALDO, Chris. Discobiografia Legionária. São Paulo: Leya, 2016.
GOODWIN, Ricky. Da independência musical. In: MELLO, Maria Amélia (Org.). Vinte anos de resistência: alternativas da cultura no regime militar. Rio de Janeiro: Espaço e tempo, 1986.
GRANGEIA, Mario Luis. Cazuza, Renato Russo e a transição democrática. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
LAMARÃO, Sérgio. A conjuntura de radicalização ideológica e o golpe militar. Comício das Reformas (2019a). Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
LAMARÃO, Sérgio. A conjuntura de radicalização ideológica e o golpe militar. A Marcha da Família com Deus pela Liberdade (2019b). Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
LIBERATTI, Angela Inês. Democracia no Brasil ou possibilidade democrática. Uma história constitucional. In: GOMES, Camila Paula de Barros; SILVEIRA, Daniel Barile da; FREITAS, Renato Alexandre da Silva. Trinta anos da Constituição Cidadã. Birigui/SP: Boreal, 2018.
MEMORIAL DA DEMOCRACIA. Passeata dos cem mil afronta a ditadura. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
NAPOLITANO, Marcos. Seguindo a canção. Engajamento político e indústria cultural na MPB (1959-1969). Versão digital revisada pelo autor. São Paulo: Annablume, 2010.
OLIVEIRA, André. Maio de 1968 não foi um mês no Brasil, mas um ano inteiro. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assembleia Geral das Nações Unidas. Paris, 10 de dezembro de 1948. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
PINHEIRO, Manu. Cale-se: A MPB e a ditadura militar. Rio de Janeiro: Livros Ilimitados, 2010.
PRIORE, Mary del; VENÂNCIO, Renato Pinto. Uma breve história do Brasil. 2. ed. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2010.
REVERE, Thalita Elienai Trindade; PEREIRA, Luciano Meneguetti. O direito de não esquecer: a anistia e a justiça de transição ainda inacabada no Brasil. In: Revista Juris UniToledo, Araçatuba, SP, v. 02, n. 01, p. 99-116, jan./mar. 2017. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
RUSSO, Renato; VILLA-LOBOS, Dado; BONFÁ, Marcelo. Perfeição. EMI: São Paulo, 1993.
SANTOS, Inês Fonseca. A banalidade do mal de Hannah Arendt, 2006. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
SCHWARZC, Lília Moritz. STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
SCHWARZC, Lília Moritz. STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
TYLOR, Edward B. Primitive culture: researches into the development of mythology philosophy religion, language, art and custom. Mineola, New York: Dover Publications, 2016.
VANDRÉ, Geraldo. Pra não dizer que não falei das flores. São Paulo: Som Maior, 1968. Disponível em: . Acesso em 03 maio 2020.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Os autores concedem à Revista Juris UniToledo os direitos exclusivos para a primeira publicação de seu trabalho, sendo simultaneamente licenciado sob a Licença Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Esta licença possibilita que terceiros realizem o download e compartilhem os trabalhos em qualquer formato ou meio, desde que atribuam a devida autoria, sem a capacidade de realizar alterações no material ou utilizá-lo para fins comerciais. Qualquer remixagem, transformação ou desenvolvimento do material não permite a distribuição do material modificado.