DIREITO AO ESQUECIMENTO E AS NUANCES NO CAMPO DA REPARAÇÃO MORAL
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.13826429Palabras clave:
Direito de ser deixado só;, Indenização extrapatrimonial;, Direitos da personalidade;, Repercussão geral no. 786 do STF.Resumen
Adentra na seara do direito ao esquecimento e, mais especificamente, nas nuances acerca dos danos morais, eis que essa vem se mostrando uma possível alternativa aos casos que envolvem o tema. Assim, aplicando-se o método cartesiano, e por meio da pesquisa documental indireta (revisão bibliográfica, julgados e doutrina), a investigação se desenvolve no sentido de esclarecer os entendimentos das Cortes do país (sendo este o problema de pesquisa), e de averiguar qual o status atual da definição de posicionamento jurídico sobre a reparação moral, consubstanciando-se no objetivo geral da investigação. Em respeito ao método adotado, no desenvolvimento do texto foi efetuada breve abordagem sobre a antinomia de princípios constitucionais (direito da personalidade e direito à informação), seguindo-se comentando sobre o “critério da ponderação” quando do julgamento de casos. Também se analisou o leading case do STF (Tema 786), o qual estabeleceu, como regra geral, que o direito ao esquecimento é incompatível com a Constituição. Incursionou-se na divergência apresentada por alguns Ministros no que tange à admissão do dano moral, tema instigante em face de não se tratar de publicação ou equivalente de conteúdo inverídico e, prima facie, sem a possibilidade de indicar a causa para a reparação moral.
Citas
ALEXY, Robert. Teoria de los Derechos Fundamentales. Madri: Centro de Estúdios Políticos y Constitucionales, 2001.
ALMEIDA, Daniel Blume Pereira de. Direito ao esquecimento: uma investigação sobre os sistemas jurídicos português e brasileiro. Site Migalhas, 21 nov 2017. Disponível em: https://www.migalhas.com.br/depeso/269533/direito-ao-esquecimento--uma-investigacao-sobre-os-sistemas-juridicos-portugues-e-brasileiro. Acesso em 06 maio 2023.
BRANCO, Sérgio. Memória e esquecimento na internet. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2017.
BRASIL. Conselho da Justiça Federal. Enunciado 531. Enunciados da VI Jornada de Direito Civil, 26/4/2013. Disponível em: https://www.cjf.jus.br/enunciados/enunciado/142 e em https://www.cjf.jus.br/cjf/noticias/2013/abril/enunciado-trata-do-direito-ao-esquecimento-na-sociedade-da-informacao. Acesso em 06 maio 2024.
BRASIL. Medida provisória n. 954, de 17 de abril de 2020. Poder Executivo, Brasília, 2020. Disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Mpv/mpv954.htm. Acesso em: 26 maio 2024.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI 4815. Relatora Ministra Cármen Lúcia. Julg. 10/6/2015. DJE nº 18, divulgado em 29/01/2016. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4271057 . Acesso em: 25 maio 2024.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI 6387 (conexos ADIs 6388, 6389, 6390, e 6393). Relatora Ministra Rosa Weber. Julg. 07/5/2020. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15344949214&ext=.pdf . Acesso em 26 maio 2024.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Direito ao esquecimento: acompanhe o julgamento em tempo real (o julgamento prossegue nesta quinta-feira). Até o momento, a maioria dos Ministros entende que não há direito ao esquecimento no Brasil. Portal do STF, Notícias, 10/02/2021. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=460320&ori=1. Acesso em: 26 maio 2024.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. RE 1.010.606. Relator Ministro Dias Toffoli. Repercussão Geral, tema: 786. DJE 20/05/2021. DJE nº 96, divulgado em 19/05/2021. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15346473757&ext=.pdf. Acesso em: 26 maio 2024.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. RE 1.379.821. Relator Ministro André Mendonça. Ainda a ser julgado. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=6391096 . Acesso em: 26 maio 2024.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. REsp nº 1.334.097/RJ. Relator Ministro Luis Felipe Salomão. Julg. 28/5/2013. Disponível em: https://processo.stj.jus.br/processo/pesquisa/?tipoPesquisa=tipoPesquisaNumeroRegistro&termo=201201449107&totalRegistrosPorPagina=40&aplicacao=processos.ea . Acesso em: 26 maio 2024.
BOBBIO, Norberto. Teoria geral do Direito. Tradução Denise Agostinetti. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
CONSALTER, Zilda Mara. Direito ao esquecimento: proteção da intimidade e ambiente virtual. Curitiba: Juruá Editora, 2017.
DINIZ, Maria Helena. Conflito de normas. 4. ed., São Paulo: Saraiva, 2001.
KELLY, Michael J.; SATOLA, David. The Right to be Forgotten. Law Review, University of Illinois, n. 1, p. 1-65, 2017. Disponível em: https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2965685 . Acesso em: 24 maio 2024.
LUCENA, Marina Giovanetti Lili. O direito ao esquecimento no Brasil. Rio de Janeiro: Lumen, 2019.
MENDES, Laura Schertel Ferreira. Autodeterminação informativa: a história de um conceito. Revista de Ciências Jurídicas Pensar, Fortaleza, v. 25, n. 4, p. 1-18, out./dez. 2020.
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação Cível nº 70077405017, Nona Câmara Cível, Relator: Carlos Eduardo Richinitti, Julgado em: 18-12-2018. Disponível em: https://www.tjrs.jus.br/novo/buscas-solr/?aba=jurisprudencia&q=70077405017&conteudo_busca=documento_text . Acesso em: 26 maio 2024.
ROSSI, Alina de Toledo. Direito ao esquecimento e a decisão do STF no RE 1.010.606/RJ. Portal Migalhas, 1º de março de 2021. Disponível em https://www.migalhas.com.br/depeso/340982/direito-ao-esquecimento-e-a-decisao-do-stf-no-re-1-010-606-rj . Acesso em: 26 maio 2024.
SARLET, Ingo Wolfgang. Proteção da personalidade no ambiente digital: uma análise à luz do caso do assim chamado direito ao esquecimento no Brasil. Espaço Jurídico Journal of Law. Joaçaba, v. 19, n. 2, p. 491-530, maio/ago. 2018.
SCHREIBER, Anderson. Direitos da personalidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
STEINMETZ, Wilson Antônio. Colisão de direitos fundamentais e princípio da proporcionalidade. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Zilda Mara Consalter, Denise Antunes, Taís Fernanda Kusma
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Os autores concedem à Revista Juris UniToledo os direitos exclusivos para a primeira publicação de seu trabalho, sendo simultaneamente licenciado sob a Licença Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Esta licença possibilita que terceiros realizem o download e compartilhem os trabalhos em qualquer formato ou meio, desde que atribuam a devida autoria, sem a capacidade de realizar alterações no material ou utilizá-lo para fins comerciais. Qualquer remixagem, transformação ou desenvolvimento do material não permite a distribuição do material modificado.